Dia Nacional do Livro Infantil: Um Convite à Leitura, Imaginação e à Doçura da Infância
Desde que me lembro por gente, tenho um carinho especial pelos livros. Eles sempre foram meus companheiros de viagem, mesmo sem sair do lugar. A minha infância teve um significado mais feliz graças aos livros. Mas é em abril que esse amor ganha um brilho especial: no “dia 18 de Abril”, celebramos o “Dia Nacional do Livro Infantil”, uma data que me emociona profundamente por tudo o que representa.
Essa data foi escolhida em homenagem ao nascimento de “Monteiro Lobato”, o grande mestre da “literatura infantil brasileira”, aquele que nos apresentou personagens inesquecíveis e nos mostrou que o mundo da imaginação pode ser tão rico e verdadeiro quanto a realidade. Celebrar esse dia é, para mim, celebrar a infância, a criatividade e o poder mágico da leitura.

O Poder dos Livros na Infância: Muito Além das Palavras
A leitura infantil vai muito além do entretenimento. Ela forma, transforma e educa. Foi com os livros que eu aprendi a sonhar acordada, a entender o outro e a refletir sobre quem eu sou. A cada página, me sentia mais próxima de personagens que se tornaram amigos, cúmplices de uma jornada cheia de descobertas.
Na infância, tudo é novo, tudo é intenso, e os livros ajudam a organizar esse turbilhão de sentimentos. Eles ensinam valores, expandem o vocabulário e despertam a curiosidade natural da criança. Ler na infância é como plantar uma sementinha que, mais tarde, vai florescer em empatia, senso crítico e amor pelas palavras.
Não é à toa que o Dia Nacional do Livro Infantil é uma data tão importante para reforçarmos o papel dos livros na formação dos pequenos leitores. E isso vale tanto em casa quanto nas escolas, nas bibliotecas e, claro, aqui em espaços como o nosso blog — onde a paixão pela literatura se transforma em conversa boa e troca de experiências.
Monteiro Lobato e Outros Gigantes da Literatura Infantil Nacional
Monteiro Lobato

Pioneiro da literatura infantil brasileira, Monteiro Lobato deixou seu legado simplesmente imensurável. Com uma escrita criativa e cheia de personalidade, ele deu vida ao Sítio do Picapau Amarelo, um universo encantador onde personagens como Emília, a boneca de pano falante, Narizinho, Pedrinho, Visconde de Sabugosa e Dona Benta vivem aventuras que misturam fantasia, folclore, ciência e cultura.
Obras como Reinações de Narizinho, Caçadas de Pedrinho e O Minotauro são exemplos do seu talento em transformar conhecimento em histórias envolventes e divertidas. Lobato acreditava que o livro era a melhor ferramenta para formar cidadãos críticos desde a infância, e por isso sua contribuição vai muito além da ficção: ele ajudou a moldar a forma como o Brasil entende o poder da leitura e da imaginação na educação das crianças.
Mas Lobato não caminhou sozinho. Outros grandes nomes ajudaram a construir essa ponte entre palavra e infância. Além de Monteiro Lobato, nossa literatura infantil é riquíssima graças a autores que marcaram (e continuam marcando) gerações com histórias inesquecíveis:
Ruth Rocha
Ruth Rocha é um desses nomes indispensáveis. Com uma linguagem direta e cheia de humor, ela escreveu clássicos como “Marcelo, Marmelo, Martelo”, “O Reizinho Mandão” e “Bom Dia, Todas as Cores”. Suas histórias falam de amizade, respeito, diversidade e cidadania, sempre com um toque lúdico e educativo.
Ziraldo

Já Ziraldo conquistou o coração dos leitores com o “Menino Maluquinho”, um garoto cheio de imaginação, alegria e travessuras, que representa de forma poética a liberdade e o caos maravilhoso que é ser criança. Ele também é autor de “O Bichinho da Maçã” e “Flicts”, obras que misturam ilustração marcante com mensagens emocionantes. “Ana Maria Machado” se destaca pela delicadeza ao abordar temas importantes como identidade, empatia e diversidade cultural. Em livros como “Menina Bonita do Laço de Fita”, “Bisa Bia, Bisa Bel” e “História Meio ao Contrário”, ela convida o leitor a refletir com sensibilidade e imaginação.
Lygia Bojunga
E não poderia deixar de falar de Lygia Bojunga, que mergulha fundo nas emoções infantis com histórias intensas e poéticas. Em “A Bolsa Amarela”, por exemplo, ela dá voz a uma menina que guarda seus desejos e sentimentos escondidos, abordando temas como a luta por espaço, aceitação e liberdade de ser quem se é. Lygia também escreveu “O Sofá Estampado” e “Angélica”, obras que mostram sua coragem em tratar assuntos complexos de forma acessível e respeitosa.
Cada um desses autores tem um estilo único, mas todos têm algo em comum: a capacidade de ouvir e compreender o universo da criança — e transformá-lo em literatura que emociona, ensina e encanta. Esses autores não escreveram apenas para crianças. Escreveram “com” elas. Falaram sobre elas, escutaram suas vozes, respeitaram seus sentimentos. E isso, para mim, é o que torna a literatura infantil tão especial.
Conclusão: Celebrar o Dia Nacional do Livro Infantil é Cultivar Sonhos
O Dia Nacional do Livro Infantil é muito mais do que uma data comemorativa. É um lembrete de que ler é um ato de amor — à criança que fomos, às que estão ao nosso redor e àquelas que ainda virão. É sobre manter viva a imaginação, respeitar a infância e valorizar o trabalho de autores e educadores que dedicam suas vidas a transformar o mundo por meio das palavras.
Se você também tem lembranças especiais com algum livro da sua infância, me conta aqui nos comentários! E aproveita para compartilhar esse artigo com outras pessoas que, assim como nós, acreditam no poder da leitura para transformar vidas.
Vamos espalhar juntos esse amor pelos livros?
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