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Assista e Leia: Duplas de Filme + Livro para Maratonar no Fim de Semana

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Nada como um fim de semana para a gente se jogar no sofá, preparar aquela pipoca estalando, uma bebida quentinha ao lado (ou um bom vinho, por que não?) e se perder em boas histórias. Mas sabe o que eu adoro fazer de vez em quando? Mergulhar numa dupla filme + livro! Isso mesmo: primeiro eu leio o livro, depois assisto ao filme — ou o contrário, quando a curiosidade me pega desprevenida.

É uma experiência deliciosa observar como uma mesma narrativa pode ganhar nuances diferentes dependendo do formato. E o mais legal é poder comparar, debater, se surpreender com o que ficou de fora ou com aquilo que o diretor conseguiu traduzir lindamente em imagem. Pensando nisso, resolvi compartilhar algumas sugestões de combos para maratonar: livros e suas adaptações para o cinema que valem a sua atenção e garantem boas reflexões, emoções e, claro, entretenimento de qualidade.

Vamos nessa?

Leia Mais sobre o assunto Aqui.

Duna – Uma jornada épica além da areia

Se você gosta de ficção científica com pitadas filosóficas e visuais de tirar o fôlego, precisa dar uma chance para Duna, de Frank Herbert. O livro, publicado originalmente em 1965, é considerado uma das maiores obras do gênero, e confesso que exige um pouco de paciência. A leitura é densa, rica em detalhes, mas incrivelmente recompensadora.

A versão mais recente para o cinema, dirigida por Denis Villeneuve, é um verdadeiro espetáculo. Os efeitos visuais, a trilha sonora e o elenco estelar (com nomes como Timothée Chalamet, Zendaya e Oscar Isaac) conseguem traduzir com fidelidade — e beleza — o clima árido e espiritual de Arrakis. Mas, como sempre, alguns detalhes preciosos do livro ficaram de fora. Por isso, minha dica é: leia primeiro, depois assista. Assim, você não perde nenhuma nuance dessa obra épica.

Palavras-chave: Duna livro e filme, ficção científica adaptada, combo de leitura e cinema.

Garota Exemplar – O suspense que te prende até a última página (e cena)

Ah, Garota Exemplar! Esse é um daqueles casos raros em que o filme é tão bom quanto o livro — e olha que o livro é excelente. Escrito por Gillian Flynn, essa história de suspense psicológico nos leva a mergulhar no lado sombrio de um relacionamento aparentemente perfeito. Amy desaparece no dia do aniversário de casamento e todas as pistas apontam para o marido, Nick. Mas… nada é o que parece.

O filme, dirigido por David Fincher e com atuações impecáveis de Rosamund Pike e Ben Affleck, mantém o clima tenso e o ritmo alucinante do livro. A própria autora participou do roteiro, o que explica a fidelidade com que o enredo foi transposto para as telas.

É um combo perfeito para quem curte um bom thriller. E a melhor parte: tanto o livro quanto o filme entregam aquele plot twist que deixa a gente boquiaberta!

Palavras-chave: Garota Exemplar livro e filme, thriller psicológico, história com reviravolta.

Com Amor, Simon – Representatividade e leveza em uma história encantadora

Quer uma sugestão mais leve, mas ainda emocionante? Então se joga em Com Amor, Simon, baseado no livro Simon vs. a Agenda Homo Sapiens, de Becky Albertalli. A história acompanha Simon, um adolescente gay que ainda não saiu do armário, enquanto troca e-mails com um colega misterioso e tenta lidar com o ensino médio, amizades e autoconhecimento.

O livro é delicioso de ler, leve, divertido e com um toque agridoce que todo mundo já sentiu na adolescência. E o filme… ah, o filme! É sensível, engraçado, com atuações carismáticas e aquele tipo de final que deixa o coração quentinho.

Esse é um combo de leitura e cinema perfeito para o domingo à tarde, daqueles que fazem a gente sorrir e refletir ao mesmo tempo.

Palavras-chave: Com Amor, Simon adaptação, livro LGBTQIA+ jovem adulto, filme e livro para emocionar.

Outras duplas imperdíveis para maratonar

Se você, como eu, ama esse tipo de experiência comparativa, aqui vão mais algumas duplas livro + filme que valem a maratona:

A Menina que Roubava Livros – Markus Zusak

Filme de 2013 com narração da Morte e uma ambientação belíssima da Alemanha nazista. Prepare o lencinho! Inclusive tem resenha do livro aqui no Blog, clique aqui!

As Vantagens de Ser Invisível – Stephen Chbosky

Um dos raros casos em que o autor do livro também dirigiu o filme. Resultado? Uma adaptação fiel, intensa e cheia de emoção.

Orgulho e Preconceito – Jane Austen

A versão de 2005, com Keira Knightley, é um deleite visual e captura bem o espírito da obra — mesmo que com algumas liberdades poéticas. Inclusive tem resenha do livro aqui no Blog, clique aqui!

O Diabo Veste Prada – Lauren Weisberger

Uma comédia deliciosa, com atuações icônicas de Meryl Streep e Anne Hathaway. O livro tem um tom mais ácido e revela outros bastidores do mundo fashion.

Vantagens de consumir as duas versões da história

Ler um livro e depois assistir à sua adaptação (ou o contrário) é uma prática que vai muito além do simples entretenimento. É uma forma de aprofundar a relação com a história, experimentar emoções diferentes e, de quebra, exercitar o olhar crítico. Eu mesma já fiz isso várias vezes, e posso garantir: nunca é uma experiência repetida, mesmo sendo a “mesma” história. Quer saber por quê? Te conto agora:

Imersão em dobro

Quando a gente lê e assiste uma mesma história, o envolvimento emocional se multiplica. É como se você mergulhasse duas vezes em universos que se sobrepõem, mas não se anulam. O que no livro era imaginado, no filme ganha forma: rostos, vozes, cenários, trilhas sonoras. Aquela cena que você visualizou de um jeito pode aparecer totalmente diferente na tela — e isso gera um impacto interessante, porque obriga a gente a reinterpretar.

Muitas vezes, detalhes que passaram batido na leitura se destacam no filme, e vice-versa. Um olhar entre personagens, uma escolha de trilha sonora, uma paisagem — tudo isso pode mudar o tom de uma cena. E o contrário também é verdadeiro: ao ler, podemos captar nuances internas, reflexões dos personagens, pensamentos que o filme, por limitações de tempo ou linguagem, não consegue transmitir. Essa dobradinha de mídias amplia a experiência.

E, sinceramente? Não tem nada melhor do que sentir que aquela história ficou com a gente por mais tempo, justamente porque fomos além da superfície.

Comparação saudável

Uma das partes mais divertidas de consumir livros e filmes de uma mesma obra é fazer comparações. E aqui eu faço questão de defender o filme! Tem quem diga: “Ah, o livro é sempre melhor.” Mas será mesmo? O que define “melhor”? São propostas diferentes, com recursos e limitações próprias.

A linguagem literária permite mergulhos profundos na mente dos personagens, nas descrições e nos sentimentos. Já o cinema trabalha com o tempo, o visual, a edição, a atuação. Nem tudo pode (ou deve) ser transposto com fidelidade absoluta. Às vezes, cortar uma cena ou alterar um personagem faz sentido para o ritmo narrativo do filme. Em outras, essa mudança pode trazer uma nova camada de significado.

Comparar não é criticar por criticar, mas entender o que foi adaptado, por quê, e o que isso muda na percepção da história. Essa análise enriquece o olhar, tanto de quem ama livros quanto de quem adora cinema.

E vamos combinar: quantas vezes não terminamos um filme pensando “preciso reler esse livro agora!”? Ou então: “Nem imaginava que aquele personagem fosse assim!”. Essas surpresas fazem parte do jogo — e são deliciosas.

Conversas e debates

Sabe aquele momento em que a gente termina de assistir a um filme e precisa desesperadamente conversar com alguém sobre ele? Quando você também leu o livro, essa conversa vai muito além de “gostei” ou “não gostei”. Dá pra discutir as diferenças, defender personagens, comparar finais, refletir sobre o que foi mantido ou excluído.

Essa troca de ideias é um dos grandes prazeres de ser um leitor e espectador engajado. Já aconteceu comigo de indicar uma leitura depois de um filme, e a pessoa voltar dias depois dizendo: “Nossa, o livro tem muito mais coisa!”. Ou o contrário: gente que adorou o filme e, ao ler o livro, teve uma nova visão da história.

Inclusive, que tal montar um clube do combo? Isso mesmo! Um grupo para ler e assistir uma obra por mês, e depois conversar sobre ela. Pode ser entre amigos, online, até mesmo aqui no blog. A troca de perspectivas é sempre enriquecedora.

E olha que bacana: você pode até começar esse movimento por aqui. Comenta neste post qual foi a sua dupla livro + filme preferida, e quem sabe não montamos juntos uma lista colaborativa?

Conclusão: Histórias que se completam

Explorar uma mesma narrativa em dois formatos é como visitar dois mundos paralelos que se tocam, se complementam, se desafiam. Algumas pessoas preferem sempre o livro, outras só assistem ao filme. Mas eu convido você a experimentar os dois, sem preconceitos. Escolha uma dessas duplas, aproveite o fim de semana e viva essa experiência sensorial completa: ler e assistir.

E claro, depois me conta: qual foi o seu combo favorito? Tem outras sugestões de livros que viraram filmes que marcaram sua vida? Deixa seu comentário aqui no blog, compartilhe esse artigo com seus amigos nas redes sociais e vamos continuar essa conversa lá no Meu Refúgio Literário.

Nada me deixa mais feliz do que trocar ideias com outros leitores apaixonados. Vamos maratonar juntos?


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